Artista famoso - Bon Jovi; Artista "desconhecido" - Spoon

Posted: segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Bon Jovi era uma banda de hard rock (metal farofa) nos anos 80, se tornou de pop/rock nos anos 90, e recentemente virou uma banda quase de country...

Formada em março de 1983, quando o vocalista Jon Bon Jovi (nascido John Francis Bongiovi) se juntou ao seu amigo de adolescência David Bryan, mais ao baixista Alec John Such e ao baterista Tico Torres, e mais posteriormente ao guitarrista Richie Sambora, o Bon Jovi é de New Jersey, EUA. Este estado já deu ao mundo do rock outro famoso: Bruce Springsteen. É também terra dos emos - mas bons! - do My Chemical Romance.

Jon é primo de Tony Bongiovi, que, como produtor e engenheiro de som, já trabalhou para bandas como Aerosmith e Ramones. Certa vez, em setembro de 1980, Tony arranjou um emprego para Jon, de faxineiro de seu estúdio, o "Power Station". Jon, que era uma espécie de faz tudo do lugar, aceitou o emprego numa boa, ganhando meros US$52,50 por semana, pela oportunidade que teria de ficar perto de seus ídolos. Durante este período, mais ou menos um ano e meio, Jon dormiu nos fundos do estúdio, no chão, infeliz e humilhado. Mas valeu a pena: um dia, ele entrou no estúdio e começou a mexer nos equipamentos para tentar gravar uma fita demo com músicas por ele mesmo criadas. Flagrado por Steven Tyler, líder do Aerosmith, sentiu como se estivesse cometendo o mais grave dos crimes, pois estava ali sem autorização. Tyler não só o ajudou com os equipamentos como, ao perceber que o "intruso" estava com muita fome, pagou uma cerveja e um lanche. Desde esse fato que os dois jamais deixaram de ser amigos e Jon nunca mais esqueceria o que Tyler fez por ele. Já se apresentaram juntos algumas vezes, como por exemplo em 1989, tocando "Walk This Way", do Aerosmith.

Jon assinou contrato com a gravadora Polygram,
do presidente Derek Schuman. Conforme Schuman, o nome Bon Jovi (de Bongiovi) tinha mais efeito e apelo midiático que seu sobrenome original. E assim surgiu o nome da banda, que viria a ser completada com os outros integrantes depois.

Em janeiro de 1984, foi lançado o primeiro álbum da banda, Bon Jovi. O disco teve apenas um grande hit, "Runaway", o primeiro da carreira deles. É um bom trabalho, apesar de ter vários clichês do hard rock que se fazia na época, e um excesso de teclados também. Nada inovador, enfim, mas regular. Em abril de 1985, lançam seu segundo disco,
7800° Fahrenheit. Também tem apenas um sucesso, "In And Out Of Love", mas é um trabalho inferior ao primeiro, diria até que é o pior da parte "hard rock" da carreira deles. Poucas músicas memoráveis, e, em vez de usar clichês do hard rock, copiaram o que haviam feito no primeiro álbum, de forma piorada.

Eis que então, por sugestão de Gene Simmons, baixista e vocalista do Kiss (banda para a qual o Bon Jovi abriu alguns shows na época), chamam o hitmaker Desmond Child para ajudá-los na composição de seu próximo álbum. Em agosto de 1986 sai o que é até hoje o maior sucesso da banda, tendo vendido 12.000.000 de cópias somente nos EUA: Slippery When Wet (tradução: escorregadio quando molhado). Um dos "1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer" (único do Bon Jovi na lista), Slippery... os tornou grandes astros do rock no mundo. Contendo sucessos como "Livin' On a Prayer", "You Give Love a Bad Name" e "Wanted Dead or Alive" (que será citada novamente nesse texto), o disco recebeu seu nome por um motivo no mínimo curioso, segundo David Bryan: "durante a gravação do disco nós freqüentemente iamos a um clube de streaptease onde belas garotas passavam água e sopa umas nas outras. Elas ficavam escorregadias por causa disso, e você não podia segurar mesmo que você quisesse muito. 'Escorregadio quando molhado!!' um de nós gritou e o resto de nós automaticamente já sabia: esse tinha que ser o título do novo álbum! Inicialmente nós íamos pôr uma foto de uns belos peitos, uns realmente grandes, na capa; mas quando o PMRC (uma comissão de moral) descobriu, estávamos com problemas. Então decidimos pôr uma capa bem decente."

Seguiu-se então uma turnê de enorme sucesso, e, logo após o seu final, para provar que seu sucesso não era passageiro, o Bon Jovi entrou em estúdio para gravar mais um álbum. Em setembro de 1988, saiu New Jersey, que é para mim o melhor álbum da banda. Com músicas como "Bad Medicine", "Lay Your Hands On Me" (ouça essa, pelo menos os 2 minutos iniciais, com fone de ouvido, é sensacional!), "Born To Be My Baby" e a açucarada - mas impossível de não cantar junto - balada "I'll Be There For You", o Bon Jovi se mostra na mesma ótima forma instrumental que estava no álbum anterior, mas com canções com letras e melodias mais sérias, amadurecidas. Um disco mais amargo, menos animado que o anterior, que mostrou sim que eles não eram uma "banda de um só verão".

Engataram uma turnê para divulgar o disco logo em seguida, o que quase destruiu a banda: muitos desentendimentos aconteceram, principalmente entre Jon e Ritchie. No entanto, durante esse período de turnê, foram considerados os responsáveis por "inventarem" o "gênero" Acústico MTV, ao terem apresentado "Livin' On a Prayer" e "Wanted Dead or Alive" desplugadas no VMA de 1989.

Com todos os desentendimentos causados pelo longo período juntos (de 1986 a 1990, juntaram lançamento de álbum atrás de turnê sem parar), era natural que tirassem umas férias. Então, isso foi feito, o que abriu espaço para projetos-solo paralelos: em meados de 1990, Jon Bon Jovi lançou seu primeiro disco solo, Blaze Of Glory, trilha sonora do filme "Jovens Demais Para Morrer 2". Essa trilha teve como sucessos "Miracle" e a música-título, "Blaze Of Glory", que rendeu um Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar para Jon, em 1991. Ritchie Sambora também lançou um disco solo, Stranger In This Town, com músicas mais voltadas para o blues.

Nesse tempo em que o Bon Jovi ficou parado, muito mudou no mundo do rock: o Guns N' Roses, que era a maior banda do mundo (e que tocava hard rock semelhante ao da banda de Jon), havia perdido seu posto para o Nirvana e todo o movimento grunge. Então, não fazia mais sentido voltar e fazer tudo como antes. Tentando seguir um novo caminho, o Bon Jovi lança então, em 1992, o mediano álbum Keep the Faith, acompanhado por uma mudança de visual que inclui cabelos e roupas menos espalhafatosas, condizentes com o novo momento vivido (fotos do antes e do depois). Com mais letras políticas e tal, músicas mais longas e mais bem trabalhadas, a banda sobrevive na cena mundial: não são mais tão grandes como antes, mas ainda relevantes e vendendo milhões de discos. "Keep The Faith" e a balada à moda antiga "Bed Of Roses" são os destaques.

Em 1994, decidem lançar a coletânea Crossroad, que faz um enorme sucesso mundo à fora. Contém duas músicas inéditas: a animada e otimista "Someday I'll Be Saturday Night" e mais uma balada açucarada, dessa vez um pouco menos inspirada que as anteriores, mas ainda assim um sucesso maciço: "Always", música que me apresentou à banda =). No mesmo ano em que a coletânea é lançada, o baixista Alec John Such deixa a banda. Ele nunca foi substituído oficialmente desde então, num consenso entre os membros restantes: Hugh McDonald assume seu posto, mas é considerado, até hoje, membro não-oficial do Bon Jovi.

Em 1995, talvez por causa da saída de Alec, sai um disco mais crítico e soturno ainda que Keep The Faith: These Days. É um excelente disco, não tão hard rock e mais pop/rock, mas inspirado: músicas como a reflexiva "These Days", a linda "Hearts Breaking Even", e a épica "My Guitar Lies Bleeding In My Arms" são consideradas por muitos fãs como as últimas realmente boas compostas pela banda, além de estarem entre as melhores de todas os tempos deles. Saem em turnê mundial, que inclusive passou pelo Brasil, esgotando ingressos por todos os lugares onde passam e mostrando que, agora que a onda grunge já havia passado, ainda estavam firmes e fortes.

Depois da exaustiva turnê, decidem novamente dar uma parada: Jon inicia uma improvável carreira de ator em Hollywood, que obviamente não obteve grande sucesso, e lança em 1997 outro disco solo: a trilha sonora de um filme no qual atuou, "Destination Anywhere". Lá está o grande sucesso "Janie, Don't Take Your Love To Town", bastante pop para o que poderia fazer na banda. Sambora também lança mais um disco solo, Undiscovered Soul, novamente voltado para o blues. Algumas músicas chegam a tocar nas rádios no Brasil, como "Hard Times Come Easy".

Em 1999, voltam a se reunir para gravar a canção-tema do filme EdTV, "Real Life". A canção e o filme falam um pouco da onda de reality-shows que começara a invadir os EUA na época, e infelizmente perdura no mundo até hoje...

Em 2000, lançam o álbum da nova volta, Crush. O primeiro single é um dos maiores sucessos da história da banda, "It's My Life" (cujo clipe foi inspirado no interessantíssimo filme "Corra, Lola, Corra"). Outras músicas de sucesso são "One Wild Night", na qual Ritchie tenta (apenas tenta...) mostrar que ainda está em forma para compor novos riffs e solos, e uma das mais tocadas em casamentos pelo planeta desde que foi lançada, "Thank You For Loving Me". A melhor música do disco, "Just Older", não foi single, sabe-se lá por que...O disco não é ruim, mas também não é bom: ao tentar fazer um hard rock meio dos velhos tempos, misturando algo de pop no meio, o Bon Jovi começa a mostrar que perdeu totalmente o rumo.

Em 2002, sai o desastroso Bounce, parcialmente inspirado nos atentados de 11 de setembro. Buscando uma sonoridade mais moderna, tentando soar contemporâneo, o máximo que o Bon Jovi consegue é lembrar os melhores momentos de "coisas que emitem som" como o Creed, na razoável "The Distance". "Misunderstood" tem um clipe engraçadinho, e foi mega hit no Brasil por ser trilha da novela Mulheres Apaixonadas (no Vale a Pena Ver de Novo, amanhã!!!).

Em 2003, outro erro: lançam um disco recriando seus maiores sucessos em novas versões, acústicas, This Left Feels Right. No entanto, o nome do disco poderia muito bem ser "This Left Feels Wrong": todas as músicas soam horrivelmente! Não há uma que se salve. Como li de um crítico numa extinta revista sobre cultura pop chamada Zero, o disco é um aborto da natureza. Além disso, há uma comunidade no orkut de nome genial para discutir esse álbum: "Quem mexeu na minha farofa?", numa citação ao metal farofa que o Bon Jovi destruiu aqui, e também ao livro de auto-ajuda "Quem mexeu no meu queijo?". Hahahaha!

Em setembro de 2005, lançam um álbum próximo ao Crush: Have a Nice Day. O primeiro single, a música título, lembra bastante "It's My Life", por exemplo, com letra pior. "Welcome To Wherever You Are" é que tem a melhor letra: mesmo que ela seja direcionada a uma faixa etária de uns 12 a 18 anos, pela sua profundidade, é uma boa música. Começam a guinada rumo ao country, ao gravar "Who Says You Can't Go Home". Posteriormente, lançam uma versão dessa música em parceria com Jeniffer Nettles da banda americana de country Sugarland, e a gravação entra para a história como sendo a primeira música de uma banda de rock a ficar em primeiro lugar nas paradas de rádios de música country.

Vendo o sucesso e o dinheiro que o mundo country poderia lhes proporcionar, lançam em 2007 o disco Lost Highway, quase inteiro só com músicas country. Há um dueto com a famosa cantora country LeAnn Rimes, e enjoadas baladas como "(You Want To) Make A Memory". Salvam-se duas músicas: a divertida "I Love This Town", e uma que (praticamente) não é country, "Any Other Day".

Estavam certos no que diz respeito ao quanto essa mudança para o country poderia lhes render: segundo a revista Billboard, o Bon Jovi teve a turnê mais rentável do ano ("Lost Highway"), arrecadando US$ 210,6 milhões. há um DVD à venda da turnê, mas a banda ainda lançará mais um DVD, dos dois últimos shows da turnê, ambos no Madison Square Garden no final de 2008. A banda tem promessas grandes planos para 2009: espera-se um novo álbum que vai fugir ao estilo country do álbum Lost Highway, voltando ao rock, que é o que o Bon Jovi sempre soube fazer.

Para terminar, uma comparação que me soa pertinente, apesar de obviamente existirem algumas diferenças, e não vou falar muito sobre ela, vou deixar que reflitam e pensem o porquê de eu fazê-la: o Jon Bon Jovi brasileiro existe e chama-se Paulo Ricardo! Hehehehe...

CD1
1- Runaway
2- In And Out Of Love
3- You Give Love A Bad Name
4- Livin' On A Prayer
5- Wanted Dead Or Alive
6- Never Say Goodbye
7- Lay Your Hands On Me
8- Bad Medicine
9- Born To Be My Baby
10- Stick to Your Guns
11- I'll Be There For You
12- Keep The Faith
13- Bed of Roses
14- Someday I'll Be Saturday Night
15- Always

CD2
1- Something For The Pain
2- This Ain't A Love Song
3- These Days
4- My Guitar Lies Bleeding In My Arms
5- Hearts Breaking Even
6- Real Life
7- It's My Life
8- Thank You For Loving Me
9- Just Older
10- One Wild Night
11- The Distance
12- Misunderstood
13- Have A Nice Day
14- Welcome To Wherever You Are
15- Who Says You Can't Go Home
16- Any Other Day
17- I Love This Town



O Spoon é uma banda de indie rock, ou rock
alternativo, formada no fim de 1993 pelo vocalista e guitarrista Britt Daniel e pelo baterista Jim Eno. A formação original tinha ainda o guitarrista Greg Wilson e o baixista Andy McGuire. Andy ficou na banda até 1997, quando foi substituído por Joshua Zarbo que, por sua vez, saiu do Spoon em 2007, dando lugar ao atual baixista, Rob Pope. Greg posteriormente também saiu da banda, que atualmente também é composta por Eric Harvey, guitarrista, tecladista e percussionista, totalizando os quatro da foto ao lado.

Após lançar, em 1994, o EP The Nefarious, em 1996 sai seu primeiro álbum completo, Telephono, das ótimas "Don't Buy The Realistic" e "The Government Darling". Era um disco bastante cru, com claras influências de bandas pós-punk como o Pixies. Pouco mais de um ano depois, em 1997, sai outro EP, Soft Effects. Este EP mostrou um Spoon mais sofisticado, um som com mais camadas e detalhes. Com ele, conseguiram assinar contrato com a gravadora Elektra Records.

Em maio de 1998, lançam seu primeiro disco por uma grande gravadora: A Series of Sneaks. Apesar de ser um bom disco, o melhor da carreira deles até então, com grandes músicas como "Advance Cassette", ainda continuavam sendo uma banda de rock alternativo, que falava com um público restrito. Assim, quatro meses após o lançamento do disco, foram dispensados da gravadora, assim como o responsável por fazer seu contrato.

Em 2000, após assinarem com a gravadora de indie rock Merge Records, lançam outro EP, Love Ways. No ano seguinte, alcançam um sucesso nunca antes visto em sua carreira, com o álbum Girls Can Tell, muito provavelmente por causa da bela canção "Everything Hits At Once". Girls Can Tell vende mais que todos os outros trabalhos do Spoon juntos, e agora a banda está pronta para o sucesso. Ah, e ainda mantém lá em cima a qualidade de seus trabalhos.

Sucesso que só aumenta, e muito, com o lançamento de Kill the Moonlight em 2002. Esse disco contém a música "The Way We Get By", um dos maiores clássicos da banda até hoje, e que chegou a ser trilha do seriado "The O.C.". O álbum tem outros clássicos da banda, como "Jonathon Fisk" e "Stay Don't Go". E assim o Spoon continua mostrando uma regularidade impressionante em fazer bons discos.

Em maio de 2005, lançam Gimme Fiction, que chegou ao 44º lugar na lista Billboard 200. Mais um disco excelente, de uma banda que começa a mostrar que era mais que uma promessa alternativa. Tem várias músicas excepcionais: "The Beast and Dragon, Adored", "I Summon You" (música que acho uma das duas melhores deles) e os dois maiores hits do álbum, "I Turn My Camera On" e "My Mathematical Mind". A primeira foi usada num episódio do seriado Bones e também num episódio de Os Simpsons; a segunda, era a principal da trilha do muito legal "Mais Estranho Que A Ficção", que deu a Will Ferrell o melhor papel de sua vida. Aliás, esse filme contou com uma trilha sonora instrumental feita por Britt Daniel em parceria com Brian Reitzell, e as músicas eram, geralmente, versões instrumentais das músicas do Spoon, dos álbuns Kill The Moonlight e Gimme Fiction.

Em 2007, o Spoon ganha destaque e projeção mundiais, com o lançamento de um daqueles que foi considerado por muitos como o melhor disco do ano: Ga Ga Ga Ga Ga - que chegou ao 10º lugar na lista Billboard 200. Desde "Don't Make Me A Target", passando pela ótima "The Ghost Of You Lingers" até chegar na matadora "Finer Feelings", o disco é uma obra-prima de ponta a ponta. Além disso, tem um ótimo single, que virou hit nos EUA, e proporcionou-lhes várias aparições na TV de lá: "The Underdog" (a outra das duas que acho que são as melhores...), um exemplo de como se deve usar metais no rock.

O sucesso do disco apresentou a banda a vários fãs pelo mundo, inclusive a brasileiros como eu. Isso proporcionou a vinda deles para cá em 2008, para fazer um show no Festival Planeta Terra. O show foi um dos melhores da noite, e "The Underdog" (o link está correto, a música é essa mesma, a informação do site é que está errada...), mesmo sem os metais, foi um dos momentos mais memoráveis do festival. E eu ainda consegui pegar o setlist do show! Veja-o aqui.
Só um detalhe: não existe a música "Black Like My President" que consta no setlist, existe "Black Like Me". No entanto, o show foi poucos dias após a vitória de Barack Obama à presidência dos EUA, e o Spoon é declaradamente uma banda pró-democratas (veja como está a página inicial do site oficial deles). Daí, fizeram essa homenagem...

CD
1- Don't Buy The Realistic
2- The Government Darling
3- The Minor Tough
4- Advance Cassette
5- Everything Hits At Once
6- Me And The Bean
7- Believing Is Art
8- Lines In The Suit
9- The Way We Get By
10- Stay Don't Go
11- Jonathon Fisk
12- The Beast And The Dragon, Adored
13- I Turn My Camera On
14- My Mathematical Mind
15- I Summon You
16- Don't Make Me A Target
17- The Ghost Of You Lingers
18- You Got Yr. Cherry Bomb
19- Don't You Evah
20- The Underdog
21- Finer Feelings

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